Transtornos Alimentares

O DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – American Psychiatric Association [APA], 2014), fazem parte do grupo de transtornos alimentares:

  • A Anorexia Nervosa
  • A Bulimia Nervosa
  • A Pica
  • O Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
  • O Transtorno de Compulsão Alimentar e
  • O Transtorno de Ruminação.

ANOREXIA OU ANOREXIA NERVOSA – CID 10: F50.0

Anorexia nervosa é caracterizada pela falta ou perda de apetite e é um distúrbio alimentar provocado pela preocupação exagerada com o peso corporal, e geralmente provoca problemas físicos graves. A pessoa se olha no espelho e, mesmo estando extremamente magra, se enxerga muito gorda. Desencadeando o medo de engordar, acaba exagerando no consumo de laxantes, diuréticos, atividades físicas, jejum e vômitos.

No DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – American Psychiatric Association [APA], 2014), a anorexia Nervosa – é caracterizada por restrição de ingestão calórica necessária de acordo com o esperado para o desenvolvimento; o medo intenso de ganhar peso ou engordar, mesmo quando o peso já está abaixo do peso ideal; e a perturbação mental na forma como se experiencia o próprio peso, na autoavaliação do corpo e na imagem corporal, devido a distorção da sua própria imagem. Exemplo: quando se olha no espelho mesmo estando abaixo do peso se vê como um obeso mórbido.

Já no CID 10 – F50.0 – é classificada como sendo um distúrbio alimentar que provoca uma perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura do indivíduo. A imagem do próprio corpo é distorcida, o abuso de dietas e exercícios para emagrecer, mesmo quando já se está abaixo do peso ideal ocorre de forma exagerada, geralmente agravando mais o quadro da pessoa.

O processo psicoterapêutico, junto com as intervenções psiquiátricas é importantíssimo, para que a doença seja tratada com eficácia e a importância da equipe multidisciplinar é impar para a contenção desta doença.

Acreditava-se que os conflitos familiares contribuíam para a anorexia e outros distúrbios alimentares. Contudo, essa ideia não é mais difundida.

A causa exata da anorexia ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores biológicos, psicológicos e ambientais estejam envolvidos nas possíveis causas para esta doença.

A anorexia por ser um distúrbio de imagem, no qual a pessoa não consegue aceitar o seu corpo da forma como ele é, tendo a impressão de que está muito acima do peso. Faz com que geralmente, esta situação leve a pessoa a um quadro de ansiedade, que faz buscar maneiras bruscas para perder peso rapidamente.

SINTOMAS DA ANOREXIA

  • Alterações no sono como insônia, sono intermitente, – quando o sono cessa e recomeça por intervalos, que se manifesta com interrupções e de forma não contínua.
  • Ansiedade e irritabilidade constante em torno das refeições.
  • Arritmia cardíaca.
  • Aumento da sensibilidade aos comentários relacionados aos alimentos, exercícios, formato do corpo e peso.
  • Baixa autoestima – o valor que a pessoa dá para si mesma, geralmente se autodepreciando.
  • Cansaço, fadiga, esgotamento físico e mental.
  • Constipação intestinal ou desenvolvimento de intolerâncias alimentares e sensação de inchaço.
  • Consumo de laxantes, pílulas de água, conhecidas como diuréticas, porque são anti retenção de água.
  • Consumo de pílulas dietéticas muito usadas por pessoas que possuem algum tipo de distúrbio em seu metabolismo, como pessoas com diabetes, hipertensão e transtornos alimentares. Porque os produtos diet são feitos sem determinados nutrientes como açúcar, carboidratos, gordura, lactose e sal.
  • Depressão, muitas vezes podendo estar num estado apático e de profunda tristeza.
  • Desmaios ou tonturas.
  • Dietas de restrições alimentares exageradas, mesmo estando abaixo do peso.
  • Dificuldade de concentração.
  • Dificuldade em aceitar tratamento psicológico, psiquiátrico e/ou equipe multidisciplinar.
  • Dificuldade em manter o peso ideal equivalente a sua altura e idade.
  • Diminuição da libido.
  • Enfraquecimento dos cabelos, músculos, ossos e unhas.
  • Feridas na pele.
  • Formigamento e dormência nas mãos e nos pés.
  • Hipotermia – provocada pela perda de isolamento de gordura corporal, por causa da baixa temperatura corporal. Pois o corpo vive num esforço constante para conservar as calorias e a sensação de frio na maioria das vezes, e mesmo em climas quentes ocorre pela baixa gordura corporal e pela má circulação.
  • Homens podem ter diminuição na libido.
  • Indução ao vômito, fazendo com que a pessoa corra para o banheiro depois de comer para vomitar e rapidamente se livrar das calorias.
  • Insatisfação extrema da imagem corporal.
  • Isolamento social – necessidade de isolar-se, evitando amigos e familiares.
  • Letargia – estado de profunda e prolongada inconsciência. É como se a pessoa vivesse um sono profundo, do qual pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir, manifestando pouca energia.
  • Mulheres podem ter alteração ou ausência da menstruação e diminuição na libido.
  • Medo excessivo (Fobia) em ganhar peso e se tornar obeso.
  • Obsessão por alimentos com baixo índice calórico e de gorduras.
  • Os alimentos são cortados em pedaços pequenos, como se fossem triturados.
  • O rosto fica diferente devido as olheiras, olhos pálidos, afundados e meio amarelados.
  • Pelos finos no corpo e no rosto.
  • Perda de peso exagerada, rápida e/ou oscilações de peso.
  • Perfeccionismo.
  • Prática frequente de exercícios exaustivos.
  • Preocupação exacerbada com a alimentação: comidas, dietas, receitas, cozinhar para os outros. Geralmente preparam almoços e jantares elaboradíssimos para os outros, mas não os come.
  • Preocupação excessiva com a alimentação – comida, corpo e peso.
  • Uso de roupas largas para cobrir a perda de peso.

É imprescindível ressaltar que o quanto mais cedo e precoce for a percepção de um quadro de anorexia, será melhor para o paciente nessa situação, pois a probabilidade de eficácia no tratamento é bem melhor, quando o tratamento for precoce, do que quando esperam que a doença esteja em pleno andamento ou num estado grave.

Por isso, ao primeiro sinal de alerta procure ajuda e apoio o mais rápido possível, para que a doença seja tratada e até mesmo em alguns casos venha a ser curada.

Saibam que o processo psicoterapêutico é fundamental, para que a doença seja tratada com eficácia e a importância da equipe multidisciplinar é ímpar para a contenção dessa doença.

BULIMIA OU BULIMIA NERVOSA – CID 10: F50.2

É um transtorno alimentar onde a pessoa oscila entre comer exageradamente, com um sentimento de perda de controle sobre a alimentação e podendo ser definida pelos:

  • Autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais – associada ao desequilíbrio emocional provocado pelo desequilíbrio da autoestima.
  • Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para impedir o ganho de peso – seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física.
  • Episódios recorrentes de compulsão alimentar – geralmente com alto teor calórico.

A Bulimia é um transtorno alimentar onde a pessoa oscila entre comer exageradamente, com um sentimento de perda de controle sobre a alimentação. Este distúrbio leva as pessoas a estarem sempre preocupadas principalmente com o peso e com a aparência.

SINTOMAS DA BULIMIA

  • Alterações no sono, sensação de cansaço e fadiga e insônia.
  • Ansiedade.
  • Baixa autoestima.
  • Comportamento antissocial, evitando comer com outras pessoas.
  • Contar as calorias de todos os alimentos que irá comprar e consumir.
  • Depressão e sentimento de culpa.
  • Desmaios e tonturas frequentes.
  • Dietas absurdas, para emagrecer sem acompanhamento de um especialista.
  • Evitar alimentos específicos, sem acompanhamento médico e de um nutricionista.
  • Excesso de atividade física até em condições impróprias, como doente, indisposto, machucado.
  • Excesso de preocupação com alimentação, corpo e peso.
  • Excesso de timidez.
  • Hábito de esconder alimentos, para comer sozinho.
  • Hemorroidas e problemas orais pela indução ao vômito.
  • Imagem corporal distorcida.
  • Intolerância a alguns alimentos.
  • Irritabilidade.
  • Insatisfação extrema com o corpo.
  • Ir frequentemente ao banheiro durante a refeição ou logo após terminá-la.
  • Mudança de peso frequente (ganhar ou perder peso).
  • Mudanças extremas de humor.
  • Mulheres tem alterações significativas nos ciclos menstruais.
  • Pesar-se muitas vezes ou estar sempre tirando medidas, por exemplo da cintura, pulsos, coxas e outros.
  • Rituais para comer ou preparar os alimentos de forma obsessiva.
  • Sensação de inchaço e constipação intestinal.
  • Vergonha após comer e vergonha de comer em público.
  • Vomitar, usar supressores de apetite, laxantes ou diuréticos.

TRATAMENTO

O tratamento depende muito da gravidade da bulimia, assim como a resposta do paciente em tratamento. A psicoterapia é um bom procedimento para que ocorra a melhora do quadro do paciente bulímico que não responde a grupos de apoio e o acompanhamento psiquiátrico e o uso de antidepressivos, que geralmente são usados nos(as) pacientes com bulimia. Os pacientes com Bulimia precisam de alguns esclarecimentos, porque:
  • Provavelmente várias terapias são experimentadas até que o paciente possa superar a bulimia. Mas é muito comum ocorrer a recaída da bulimia (retorno), mas isso não é motivo para desespero e sim de persistência no tratamento.
  • Fiquem cientes que o processo é doloroso e exige um trabalho árduo da parte do paciente e de sua família.
  • Cumprir com os combinados entre o processo terapêutico, paciente e família é a essência de bons resultados.
Se você conhece alguma pessoa que apresenta alguns desses sintomas e comportamentos recorrentes procure ouvi-las e sugiram um acompanhamento psicológico para ajudá-la a viver da melhor forma possível.

PICA – CID-10: F50.8; F98.3

A Pica, também conhecida como Picacismo ou Alotriofagia ou Alotriogeusia, faz parte do transtorno alimentar, definido pelo desejo e hábito de mastigar coisas que tem pequeno ou nenhum valor nutritivo e é caracterizada pela ingestão dessas substâncias sem qualquer conteúdo nutricional de forma persistente por pelo menos um mês.

As substâncias ingeridas costumam variar com a idade e disponibilidade e podem ser as mais diversas; e o comportamento não pode ser explicado por alguma prática culturalmente aceita ou pela exploração de objetos com a boca acidentalmente ingeridos. Geralmente as pessoas acometidas deste transtorno não tem aversão a alimentos em geral, e o seu comportamento pode estar relacionado a outros transtornos mentais.

A Pica é uma afecção rara que acomete as pessoas, que tem apetite por coisas ou substâncias não alimentares, como carvão, giz, moedas, solo/terra, tampas de canetas, tecidos, unhas, etc., ou então, tem uma vontade anormal de ingerir alimentos crus como farinha, amidos ou tuberosas sem nenhuma cocção, entre outros.

O Transtorno de Pica é uma disfunção de saúde mental que afeta o comportamento de uma pessoa em relação aos hábitos alimentares, causando sofrimento e problemas de saúde.

As causas da Alotriofagia podem estar ligadas a falta de nutrientes como o ferro e o zinco; e também aos transtornos mentais. As mulheres grávidas também podem desenvolver a Alotriofagia, relacionada com a anemia nos casos de pessoas com essa comorbidade.

As pessoas que apresentam este transtorno geralmente ingerem objetos e materiais que não são comestíveis, o que pode causar sérios danos à Saúde e até mesmo intervenções cirúrgicas de emergência, como lesão estomacal, obstrução intestinal, perfuração do intestino, entre outros.

O melhor tratamento é a psicoterapia, junto com o acompanhamento psiquiátrico associado a uma equipe multidisciplinar.

A caracterização dos sintomas ocorre pela ingestão de coisas não nutritivas, como:

  • Agulhas.
  • Algodão.
  • Alimentos crus e estragados.
  • Areia.
  • Borracha.
  • Cabelo.
  • Cinzas.
  • Cola.
  • Creme dental.
  • Fezes de animais e humanas.
  • Insetos.
  • Maquiagem.
  • Plástico.
  • Pedras.
  • Sabão.
  • Tecido.
  • Terra.
  • Vidro, entre outros.

TRATAMENTO

O tratamento será realizado de acordo com os sintomas e causas apresentadas pelo paciente, após o médico avaliar se o paciente possui algum problema relacionado à saúde mental que o impede de diferenciar o que é certo ou errado de ser ingerido. Se a pessoa apresentar deficiência de ferro e/ou zinco, se apresenta também um quadro de depressão, o médico só depois de identificar a causa do problema é que iniciará o encaminhamento e o tratamento do paciente.

Os Transtornos Alimentares por ser de extrema complexidade, exige acompanhamento multidisciplinar, onde psicólogos(as), médicos(as) e nutricionistas serão capazes de traçar estratégias com objetivos de ajudar na conscientização, recuperação e reeducação de novos hábitos de cada paciente.

Saibam que reconhecer a necessidade de ajuda nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, é importantíssimo construir uma rede de apoio, pois ela se faz fundamental na vida dos pacientes.

Agende sua consulta psicoterapêutica conosco, pois aqui você pode contar com nosso suporte psicológico.

O TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO EVITATIVO

No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV foi expandido, pois o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) estava inserido em “Transtornos Alimentares da Infância”. Já o DSM-V define este Transtorno Alimentar como uma perturbação alimentar que provoca falta de interesse na alimentação, restrição e esquiva por conta das características do alimento conforme a aparência, cor, odor, temperatura, textura e paladar. O comportamento de esquiva ou restrição na ingestão alimentar.

A TARE foi descrita como “ingestão exigente”, “ingestão restritiva”, “ingestão seletiva”, “ingestão perseverante”, “neofobia alimentar” e “recusa crônica de alimento”, e caracteriza-se, principalmente, pela esquiva ou restrição da ingestão alimentar, gerando a não satisfação das de­mandas nutricionais do indivíduo que, consequentemente, levam ao peso inadequado, deficiência nutricional, depen­dência de alimentação enteral, e/ou alterações no fun­cionamento psicossocial. Neste caso, não se pode ter um transtorno mental ou outra condição médica, prática cultu­ralmente aceita ou aspecto de desenvolvimento que explique o comportamento do indivíduo.

A forma mais comum para tratar a TARE é de psicoterapia cognitivo-comportamental, junto com acompanhamento médico para ajudar a mudar os hábitos alimentares mais rápido possível, pois que os sintomas desapareçam sem nenhum tratamento é o mesmo que brincar com a sorte e a vida do paciente.

Há componentes biológicos e psicológicos na etiologia deste transtorno. A determinação das causas desta doença tem sido difícil de ser diagnosticada, devido a falta de uma definição concreta e de critérios para o diagnóstico.

A restrição alimentar pode representar uma resposta negativa condicionada associada à ingestão alimentar seguindo, ou antecipando, uma experiência aversiva, como engasgo/sufocamento; uma investigação traumática, geralmente envolvendo o trato gastrintestinal, por exemplo: a esofagoscopia; ou vômitos repetidos.

Segundo o DSM-V os problemas gastrointestinais na primeira infância podem ser a causa do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo ou a Seletividade Alimentar. Isso significa que existiu um desconforto orgânico associado à alimentação durante um período crítico para o desenvolvimento de hábitos e preferências alimentares.

Outras questões que podem estar associadas a este transtorno são: distúrbios da dinâmica familiar – alteração no vínculo mãe-filho, tensão familiar, dificuldade dos pais em estabelecer limites, mudanças na rotina, separação dos pais, falecimento na família, e nascimento de um irmão. Como distúrbios emocionais da criança (problemas de ajustamento, busca de atenção, negativismo e satisfação de desejos), desmame e/ou introdução alimentar inadequados, falta de conhecimento dos pais a respeito do desenvolvimento do comportamento alimentar da criança, condições ambientais físicas desagradáveis, desacerto entre horários de sono e/ou escolares e horário de alimentação.

SINTOMAS DO TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO EVITATIVO

A maioria dos indivíduos possuem um corpo saudável ou um peso normal. Não há nenhum sintoma externo e aparente associado ao TARE. Isso quer dizer que não é possível identificar um indivíduo afetado por este transtorno através da sua aparência.

Os indivíduos afetados podem ter reações gastrointestinais como náuseas, vômito, ou engasgos ao tentar ingerir alimentos que não fazem parte da sua rotina. Alguns estudos identificaram sintomas de evasão social devido aos seus hábitos alimentares. Apesar disso, a maioria dos indivíduos mudaria seus hábitos se pudessem.

Por estas condições “Independentemente da idade, a função familiar pode ser afetada, com mais carga de estresse às refeições e a outros contextos de alimentação envolvendo amigos e familiares” (APA, 2013, p. 336).

A psicoterapia têm beneficiado e melhorado a vida de muitas pessoas, pois a psicoterapia é uma técnica usada para tratar distúrbios mentais, emocionais e os transtornos psiquiátricos.

TRATAMENTO

O tratamento psicoterápico ajuda os pacientes a identificarem as suas dificuldades, reconhecer os seus problemas, propiciando a compreensão de seus sentimentos, e a forma de aceitar as suas fraquezas e os seus pontos fortes, positivos e também faz com que o paciente passe a se sentir melhor e mais confiante sobre si mesmo e sobre as suas situações difíceis do dia a dia, porque promove o desenvolvimento de habilidades sociais com o intuito de melhorar os relacionamentos e a vida como um todo de cada pessoa. 

O TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)

Critérios diagnósticos sugeridos pelo DSM-IV (apêndice B).

Os episódios recorrentes de compulsão alimentar periódica são o excesso alimentar + a perda de controle.

O transtorno de compulsão alimentar periódica é considerado um distúrbio alimentar caracterizado pelo consumo exagerado de alimentos, acompanhado de um sentimento de perda de controle durante o episódio de compulsão alimentar. O consumo de alimentos ocorre mesmo quando a pessoa está sem fome ou sente necessidade física de comer. Geralmente, a pessoa compulsiva perde o controle sobre o que está comendo e sobre a quantidade.

Os episódios de alimentação compulsiva não são seguidos por tentativas de compensar a ingestão excessiva de alimentos, como livrando o corpo do excesso de alimento consumido (purgação).

Este transtorno é mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesas.

A pessoa come grandes quantidades rapidamente, não purga e seu comportamento lhe causa muita angústia e sofrimento.

Aproximadamente, 2% dos homens e 3,5% das mulheres têm transtorno da compulsão alimentar periódica. E este transtorno se torna mais comum com o aumento do peso corporal.

O diagnóstico é realizado por um médico com base no modo pelo qual a pessoa descreve seu comportamento.

SINTOMAS DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)

Pelo menos 03 (três) comportamentos associados à compulsão alimentar:

  1. Angústia acentuada provocada pela compulsão alimentar.
  2. Comer até sentir-se cheio.
  3. Comer grandes quantidades de comida mesmo sem estar com fome.
  4. Comer rapidamente.
  5. Comer sozinho por embaraço pela quantidade de comida.
  6. Frequência e duração da compulsão alimentar: média de dois dias/semana por seis meses.
  7. Não se utiliza de métodos compensatórios inadequados, exemplo a purgação.
  8. Sentir repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após a compulsão.

Durante um episódio de compulsão alimentar, a pessoa ingere uma quantidade excessiva de alimentos e muito maior que a maioria das pessoas consumiria em um período e circunstâncias semelhantes.

As circunstâncias e a cultura são importantes porque a quantidade considerada excessiva para uma refeição normal pode diferir da quantidade considerada excessiva para uma refeição comemorativa.

A compulsão alimentar ocorre em episódios, ao contrário da superalimentação constante. A pessoa durante e após os episódios de compulsão alimentar sente como se tivesse perdido o controle e se sente angustiada. E ela não compensa a ingestão excessiva de alimentos ao praticar purgação (ao autoinduzir o vômito ou utilizar incorretamente diuréticos ou enemas¹ e/ou laxantes), exercícios excessivos ou jejum.

Provavelmente, a pessoa com transtorno da compulsão alimentar periódica come até se sentir mal; come bem mais rápido do que o normal; coma grandes quantidades de alimentos, mesmo estando sem fome, come sozinha para não ficar constrangida e se expor, e sentir-se angustiada, ansiosa, deprimida, culpada ou triste, após um episódio de compulsão alimentar excessiva.

As pessoas obesas com transtorno da compulsão alimentar periódica também são mais propensas a ter preocupação com a forma física, com o peso ou com ambos, do que as pessoas obesas que não comem compulsivamente.

É importante ressaltar que, prescreve-se nos programas de perda de peso, alguns medicamentos para redução de peso e medicamentos estimulantes para ajudar a controlar o peso.

¹ O clister, enema ou chuca, é um procedimento que consiste na colocação de um pequeno tubo pelo ânus, no qual é introduzida água ou alguma outra substância com o objetivo de lavar o intestino, sendo normalmente indicado nos casos de prisão de ventre, para aliviar o desconforto e facilitar a saída das fezes.

TRATAMENTO

O objetivo de tratar é ajudar o paciente a controlar a compulsão alimentar.

A psicoterapia, a equipe multidisciplinar, os grupos de apoio ajudarão o paciente de várias formas, para que a compulsão seja controlada e tratada.

A psicoterapia cognitivo-comportamental pode ajudar no controle dos episódios de compulsão alimentar em longo prazo, mas tem pouco efeito sobre o peso corporal.

A psicoterapia interpessoal é tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental, mas também tem pouco efeito sobre o peso corporal.

Os grupos de autoajuda podem ser facilmente encontrados, mas a sua eficácia é desconhecida.

Os programas comportamentais de redução de peso convencionais podem ajudar a pessoa a perder peso e a parar de ter episódios de compulsão alimentar por um curto período, mas geralmente a pessoa tende a voltar a comer compulsivamente.

A equipe multidisciplinar de saúde tem como função tornar o atendimento mais qualificado, efetivo e seguro para o paciente. Além disso, é possível promover diferentes ações que resultem em benefícios clínicos, humanísticos o paciente.

Por isso, acredito que um bom investimento é a psicoterapia psicanalítica ajudará o paciente entender como funciona a sua mente, partindo do princípio de que muitos dos processos psíquicos são inconscientes. Considerando que as nossas emoções e atitudes são o resultado de fatores dos quais não temos consciência.

Desta forma, o paciente é levado a refletir e se enxergar de outra maneira a sua conduta e passa a conhecer melhor a própria mente,  identificando a razão de seus sentimentos, conflitos e emoções.

Sendo assim, a psicoterapia proporcionará o autoconhecimento e a consciência dos seus atos e a mudança de alguns comportamentos que faz mal a sua saúde.

O TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO

O Transtorno de Ruminação pode ocorrer em bebês, crianças, adolescentes ou adultos e é um transtorno alimentar caracterizado pela regurgitação de alimentos após terem sido consumidos todos os dias. Ela não envolve náuseas ou ânsia de vômito e pode ser voluntária.

A regurgitação não manifesta nenhuma sensação de náusea nem ânsia de vômito, não é violenta e é diferente do vômito, que é violento e costuma ser causado por alguma doença e de forma involuntária. Desta forma é possível que a pessoa mastigue novamente o alimento regurgitado e, depois o cuspa ou o engula novamente.

Portanto, é possível que a pessoa relate que simplesmente não consegue parar de fazê-lo, mesmo tendo consciência dos seus atos, mesmo sabendo que o seu comportamento é socialmente inaceitável, por isso tentam ocultá-lo ou disfarçá-lo, por não se achar capaz de contê-lo. Geralmente tentam disfarçá-lo colocando sua mão sobre a boca ou tossindo. Algumas vezes evitam comer com outras pessoas e não comem antes de uma atividade social ou no trabalho, para não regurgitarem em público.

Algumas pessoas diminuem a quantidade que comem e cospem o material regurgitado ou se limitam muito a quantidade ingerida, perdendo peso ou apresentando deficiências nutricionais.

Quando o paciente relata estar regurgitando alimentos repetidamente por um mês ou mais tempo, o médico diagnostica o paciente com transtorno de ruminação, porque se a pessoa limitar a quantidade de alimentos que consome (para evitar que os outros a vejam regurgitar), é possível que ela perca peso, ou então, tenha deficiências nutricionais graves que podem prejudicar a sua saúde.

SINTOMAS DO TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO

As regurgitações frequentes causam:
  • Cáries
  • Constipação ou Diarreia
  • Distensão abdominal/Plenitude
  • Mau hálito (frequente)
  • Náuseas
  • Perda de peso
  • Úlcera gastroesofágica

TRATAMENTO

As técnicas de modificação comportamental, podem ajudar o paciente quando for incluso tratamentos que usam estratégias cognitivo-comportamental, pois as técnicas de modificação de comportamento ajudam o paciente a desaprender comportamentos indesejáveis enquanto aprende comportamentos desejáveis.

Por isso, acredito que um bom investimento é a psicoterapia psicanalítica que ajudará o paciente entender como funciona a sua mente, partindo do princípio de que muitos dos processos psíquicos são inconscientes. Considerando que as nossas emoções e atitudes são o resultado de fatores dos quais não temos consciência.

Desta forma, o paciente é levado a refletir e se enxergar de outra maneira a sua conduta e passa a conhecer melhor a própria mente,  identificando a razão de seus sentimentos, conflitos e emoções.

Sendo assim, a psicoterapia proporcionará o autoconhecimento e a consciência dos seus atos e a mudança de alguns comportamentos que faz mal a sua saúde.

OBESIDADE – CID 10: E66

A obesidade está inclusa na Classificação Internacional de Doenças – CID 10, como uma condição geral e é chamada de “doença de mal social” e “doença do mau hábito de comer e viver” e é reconhecida pelo excesso de gordura corporal que resulta do excesso prolongado de ingestão energética em relação ao gasto energético. Ela acarreta várias comorbidades, como artrose dos ossos, câncer, colesterol elevado, diabetes mellitus tipo II, infarto, pressão alta, problemas cardiovasculares, além de sintomas como dificuldades para fazer esforços, indisposição e baixa autoestima e outras.

A obesidade é caracterizada pelo excesso de peso, geralmente, causada pelo consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras e em açúcares e pelo sedentarismo, gerando diversos malefícios na vida das pessoas que têm esta comorbidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge metade da população mundial. A projeção do órgão é que até 2025, caso medidas não sejam tomadas, esse número cresça e atinja cerca de 2,3 bilhões de adultos considerados acima do peso e mais de 700 milhões de obesos.

A obesidade é classificada de acordo com o peso e varia de acordo com a localização e distribuição da gordura pelo corpo:

  • Abdominal: é quando a gordura se deposita principalmente no abdômen e na região da cintura. Esse tipo de obesidade está associado a um grande risco de adquirir doenças cardiovasculares como colesterol alto, doenças do coração, infarto, diabetes, inflamações e trombose.
  • Obesidade homogênea: Neste caso, não há uma predominância da gordura em uma área localizada, pois o excesso de peso está distribuído pelo corpo. Isto pode ser perigoso, pois a pessoa pode se descuidar por não haver um grande impacto na aparência física, como nos outros tipos.
  • Periférica: é comum em mulheres, a gordura fica localizada na região das coxas, quadris e nádegas. Esse tipo de obesidade está associado a insuficiência venosa e varizes, e osteoartrite nos joelhos, além de aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes.

 

Para identificar que uma pessoa está obesa, na maioria das vezes, utiliza-se o IMC, ou índice de massa corpórea, que é um cálculo que analisa o peso que a pessoa apresenta em relação à sua altura, sendo dividido em diferentes graus:

 

Peso normal: IMC entre 18.0 a 24,9 kg/m2.

Sobrepeso: IMC entre 25.0 a 29,9 kg/m2.

Obesidade grau I: IMC entre 30.0 – 34.9 kg/m2.

Obesidade grau II: IMC entre 35.0 – 39.9 kg/m2.

Obesidade grau III ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior 40 kg/m2.

Sabemos que a principal forma de detectar a obesidade é com o cálculo do IMC, entretanto, além do peso aumentado, também é importante identificar o depósito de gordura em diferentes locais do corpo, diferenciando o peso em gordura do peso em músculos.

Assim, como forma de avaliar a massa de gordura o corpo e a sua distribuição, utiliza-se:

Medição da espessura das pregas cutâneas: medindo a gordura localizada nos depósitos debaixo da pele, que está relacionada com a quantidade de gordura interna.

Bioimpedância: exame que analisa a composição corporal, indicando a quantidade aproximada de gorduras, músculos, ossos do corpo.

Ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética: que avaliam a espessura do tecido adiposo nas dobras, e também em tecidos mais profundos nas diferentes regiões corporais, como abdômen, por isso, são bons métodos para avaliar a obesidade abdominal.

Medida da circunferência abdominal: identifica o depósito de gordura no abdômen e o risco do desenvolvimento de obesidade abdominal, sendo classificada como tendo este tipo de obesidade quando a medida da cintura ultrapassa 94 cm no homem e 80 cm na mulher.

Relação circunferência abdominal/quadril: mede a relação entre a circunferência abdominal e a do quadril, avaliando diferenças nos padrões de acúmulo de gordura e o risco para desenvolver obesidade, estando alto quando está acima de 0,90 para homens e 0,85 para mulheres.

Sendo assim, é fundamental ressaltar que os efeitos colaterais de alguns medicamentos psicotrópicos podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade, e esta, por sua vez, pode ser um fator de risco para o surgimento de alguns transtornos mentais, como os transtornos depressivos e a função destas avaliações deve ser realizada por profissionais como nutricionista ou médico, para identificar corretamente a quantidade de gordura que o paciente precisa eliminar e programar um tratamento ideal.

Considerando que existe fortes associações entre obesidade e uma série de transtornos mentais. Temos como exemplos: o Transtorno de Compulsão Alimentar, o Transtorno Bipolar, o Transtorno Depressivo e a Esquizofrenia.

E para o DSM-V a obesidade não ser considerada um transtorno mental, é extremamente importante ressaltar a importância dos estudos sobre a obesidade dentro do quadro de Transtornos Alimentares (TA), como forma de auxílio aos doentes, pois uma série de fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais que variam entre os indivíduos contribui para o desenvolvimento desta doença.

Desta forma, pode-se afirmar que a obesidade não está ligada apenas ao IMC (Índice de Massa Corporal), à circunferência abdominal, à circunferência de cintura e à cintura/quadril, mas também está ligada diretamente ao interior de cada ser.Interior que me parece mais um oceano onde o obeso, estando dentro dele, mesmo sabendo nadar, sente-se desamparado, só a espera de um milagre para não naufragar e sair ileso”.

 

Marlene Cristina de Sales Almeida Aguiar.

SINTOMAS DE OBESIDADE

  • Ansiedade e depressão, por causa da compulsão alimentar e insatisfações com a imagem corporal.
  • Dermatites e infecções fúngicas, por causa do acúmulo de suor e sujeira nas dobras do corpo.
  • Dificuldade para fazer esforços ou caminhadas, por causa do excesso de peso e descondicionamento físico.
  • Dores no corpo, principalmente nas costas, joelhos, ombros e pernas, por causa do excesso de esforço que o corpo faz para suportar o peso.
  • Falta de ar, dificuldades respiratórias, por causa dá pressão do peso abdominal sobre os pulmões.
  • Impotência e infertilidade, por causa das alterações hormonais e dificuldades para o fluxo sanguíneo nos vasos.
  • Manchas escuras na pele, principalmente axilas, pescoço e virilhas, devido a uma reação causada pela resistência insulínica, ou pré-diabetes, chamada de acantose nigricans.
  • Maior tendência a varizes e úlceras venosas, por causa das alterações nos vasos e circulação sanguínea.
  • Roncos noturnos e apneia do sono, provocada pelo acúmulo de gordura no pescoço e vias respiratórias.

TRATAMENTO

A melhor opção é a prevenção que deve ser iniciada desde a infância, adotando hábitos saudáveis pela família e incentivando a prática de atividade física, pois a construção de tais hábitos ocorre nesta fase e a melhor forma de tratar essa doença é através da mudança do estilo de vida, que compreende reeducação alimentar e atividade física. A mudança deve ser feita de forma gradual e saudável, pois as dietas que prometem um emagrecimento muito rápido, geralmente, não trazem efeitos duradouros e eficaz, ou então, são maléficas para a saúde.

A psicoterapia é imprescindível, porque ela auxilia o paciente que se encontra nesse estado, através da conscientização de que a obesidade é uma doença e que provavelmente não tem cura, mas tem tratamento e também existem condições de preveni-la. Exemplos: filhos, parentes e amigos, já que, como qualquer outra doença, depois de instalada, torna-se mais difícil de ser curada.

Por isto, venha fazer psicoterapia.

VIGOREXIA – CID10: F45.2

A VIGOREXIA conhecida como Dismorfofobia corporal está classificada como um tipo de transtorno hipocondríaco, tendo como característica essencial:

“Uma preocupação persistente com a presença eventual de um ou de vários transtornos somáticos graves e progressivos. Os pacientes manifestam queixas somáticas persistentes ou uma preocupação duradora com a sua aparência física. Sensações e sinais físicos normais ou triviais são frequentemente interpretados pelo sujeito como anormais ou perturbadores. A atenção do sujeito se concentra em geral em um ou dois órgãos ou sistemas. Existem frequentemente depressão e ansiedade importantes, e que podem justificar um diagnóstico suplementar.

A brusca diminuição do rendimento nos treinos, acompanhada de sintomas físicos, fisiológicos, cognitivos, psicológicos e sociais e uma dieta inadequada associada aos fatores citados, colabora de maneira significativa para que o indivíduo entre no estado de overtraining.

Pessoas acometidas desta síndrome são pessoas que, mesmo fortes fisicamente, ao se olharem no espelho, se veem fracos, sem músculos, de maneira similar aos acometidos de anorexia que, ao se visualizarem, sempre se consideram obesos.

SINTOMAS DE VIGOREXIA

  • Abuso de substância esteroide ou construção muscular.
  • Alterações de humor.
  • Constantemente criticar o próprio físico.
  • Depressão.
  • Dores musculares persistentes.
  • Exceder-se para construir massa muscular.
  • Exercícios pesados mesmo apresentando lesões musculares ou sentindo.
  • Experimentar extrema ansiedade em caso de perder um treino.
  • Fadiga persistente.
  • Foco excessivo na dieta e ingestão de proteína.
  • Insônias.
  • Irritabilidade.
  • Levantamento de pesos por longas horas.
  • Maior incidência de lesões.
  • Maior susceptibilidade a infecções.
  • Menor desempenho sexual.
  • Muitas vezes tem muita preocupação com o cabelo, corpo, pele, unhas e o tamanho do pênis.
  • Obsessão com a imagem corporal própria e de alguma pessoa que idealiza ser igual.
  • Perda de apetite.
  • Perda frequente do convívio social ou de trabalho, devido a necessidade compulsiva de malhar e/ou fazer dietas.
  • Perda de motivação.
  • Perda de peso.
  • Ritmo cardíaco elevado, em estado de repouso.
  • Sensação de que os músculos estão subdesenvolvidos.
  • Sofrimento significativo.
  • Uso excessivo de suplementos de proteína.

Se você ou algum ente querido está sofrendo de vigorexia, acredito ser importante procurar ajuda o mais rápido possível, pois você pode fazer a diferença na sua vida ou na vida da pessoa que você quer bem.

As imperfeições no corpo destas pessoas que normalmente passam despercebidas para os outros, são descritas como grandes fontes de ansiedade e infelicidade, porque a obsessão pela busca do corpo ideal, perfeito prejudica a vida pessoal, profissional e os relacionamentos, principalmente pelo elevado uso de testosterona e o desequilíbrio da autoestima, a irritabilidade, a agressividade e a heteroagressividade.

É importante ressaltar que algumas pessoas apresentam comportamentos depressivos ao perderem massa muscular, por algum motivo, como alimentação ou acidente que o limite a exercitar ou infecção.

TRATAMENTO

Apesar de não existir uma terapia específica para a Vigorexia, algumas práticas usadas em quadros correlatos trazem resultados satisfatórios no tratamento da doença, pois a Vigorexia precisa ser tratada por uma equipe multiprofissional especializada, com médico, psicólogo, nutricionista e um profissional de Educação Física.

A suspensão do uso de anabolizantes é primordial, para o tratamento. Mesmo sabendo que o processo pode ser bastante difícil para o paciente, por isso, o acompanhamento com especialistas é fundamental.

Geralmente a ação de tratar é tomada em simultaneidade com a introdução de medicamentos antidepressivos à base de serotonina, prescritos por um médico, tendo como objetivo controlar os sintomas relacionados à ansiedade e o comportamento obsessivo compulsivo.

O tratamento psicológico é voltado para a recuperação da autoestima e a identificação dos padrões distorcidos de percepção corporal. Esse tratamento estimula o reconhecimento de pontos positivos da própria pessoa, proporcionando uma capacidade de se reconhecer fisicamente e emocionalmente, e também adquirindo hábitos mais saudáveis.

Por isto, sugiro que você venha fazer psicoterapia.

PSICOTERAPIA

Para que a mente de cada paciente atinja os seus objetivos é necessário o empenho e a dedicação de ambas as partes: a minha e a sua. Por isso, venha fazer psicoterapia.

LEMBRE-SE QUE VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL E É O(A) PROTAGONISTA DA SUA HISTÓRIA.
SENDO ASSIM, FAÇA A SUA HISTÓRIA.

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E adquira a consciência dos seus atos e realize a construção da sua felicidade.

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