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Que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu rejeitado em algum momento da vida. Seja na escola, no trabalho ou em um evento social, estamos todos sujeitos a experimentar a rejeição.
Vivemos em uma sociedade heterogênea, cheia de pessoas de todos os tipos, com vontades, desejos, medos e gostos próprios.
Podemos nos sentir rejeitados assim como podemos rejeitar alguém ou algo, por ser uma característica nata do ser humano.
Se a sensação de rejeição é frequente, porém, é preciso avaliar como está a sua autoestima e equilíbrio emocional.
A dor da rejeição
A dor de uma rejeição, como mostrada em estudos científicos, é similar a uma dor física, causando tamanho estresse capaz de enfraquecer os músculos do coração.
Daí a expressão “coração partido”.
Enquanto o ser humano evoluía, nos primórdios da Terra, era comum andar em bandos de forma a se proteger.
Entre os bandos, a rejeição era muito comum, principalmente se um membro se mostrava como um elo enfraquecedor do grupo, colocando-o em risco.
No entanto, se um ser humano fosse excluído de seu bando, ele estaria à mercê de sua própria sorte, podendo, inclusive, morrer vítima de inanição, desidratação, doenças ou se tornar o alvo fácil de um predador maior.
Com a evolução da nossa sociedade, a necessidade de manter-se em bandos diminuiu e hoje nos deparamos com pessoas que se sentem muito mais felizes sozinhas que acompanhadas.
No entanto, o sentimento estressante da rejeição permanece em nosso inconsciente e é por isso que temos medo de sermos rejeitados em qualquer situação.
Podemos demonstrar esse medo das mais diversas formas, como quando não aceitamos o convite para uma festa, por exemplo.
Nossas palavras podem soar orgulhosas e até antipáticas para os envolvidos, mas no fundo queremos apenas evitar uma possível situação de rejeição social, caso nos encontremos sozinhos em um canto da tal festa.
É muito comum que nos esforcemos para evitar esse tipo de situação.
Acima de tudo, é importante que não deixemos de realizar nossas vontades pelo medo de nos sentirmos rejeitados.
Como quebrar o ciclo?
E como parar de nos importar com uma possível rejeição?
A resposta está no equilíbrio emocional, que nos faz enxergar as situações da nossa vida com muito mais clareza e racionalidade, sem pender para um otimismo exagerado ou o pessimismo que derruba.
Precisamos enxergar as coisas como elas realmente são.
A psicoterapia pode ajudar a nos mantermos equilibrados para vivermos a vida como ela tem que ser vivida, nos auxiliando em momentos de tensão e promovendo a auto reflexão para que possamos nos conhecer muito melhor.
Procure um profissional de psicologia se o medo da rejeição não vai embora e está afetando a sua autoestima.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407