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Acrofobia é o medo irracional, bem como irreprimível de altura ou vertigem de altura.
A pessoa que sofre deste mal tem a sensação de pânico e medo, quando está em lugares altos, mesmo que o local não seja tão alto. Por isso, sentem pavor e vivem o transtorno de ansiedade que a incapacita de levar uma vida normal, trazendo muito sofrimento.
A acrofobia é considerada uma das fobias mais comuns, ao passo que pode induzir crises de ansiedade e de pânico. Mas, nem toda situação de medo de estar em lugares altos são caracterizados como acrofobia.
Todos nós temos medo de alguma coisa, bem como algum trauma. Assim sendo, as pessoas que possuem essa fobia, tem dificuldade em realizar atividades simples diariamente.
Mas, nem todos nós nos deixamos ser tomados por esses medos.
Em outras palavras, muitos de nós tomamos as rédeas da nossa vida e não permitimos que os medos controlem as nossas ações e a nossa vida.
Situações que causam medo
Aliás, existe inúmeras situações que podem causar medo para quem sofre de acrofobia, como:
1. A sensação de estar em um andar alto de um prédio;
2. Atravessar passarelas e pontes;
3. Corredores suspensos;
4. Estar em elevadores altos ou de estrutura transparente;
5. Frequentar varandas;
6. Ladeiras;
7. Medo de escorregar de lugares altos e cair;
8. Olhar e ficar próximo de uma janela;
9. Precipício;
10. Subir escadas altas;
11. Usar escada rolante;
12. Viajar de avião; e etc.
O medo de enfrentar essas situações é compreensível, porque se trata de um perigo real. Mas, sabemos que é preciso enfrentar os ambientes e circunstâncias que trazem medo, encarando-as de frente, mesmo sabendo que são difíceis de ser encaradas.
Porque o medo torna-se irracional, mesmo quando surge ocasiões nas quais a pessoa se encontra em locais altos, mas protegidas. Por exemplo: grades de proteção ou vidros.
Sintomas da acrofobia
Em contrapartida os sintomas da acrofobia podem ser de ordem fisiológica e/ou psicológica e proporciona medo a pessoa que sente o desprazer de ter esta doença. Como também, temos por exemplo as:
1. Alterações cardíacas;
2. Ansiedade – Ansiedade antecipatória;
3. Arrepios ou aumento da temperatura do corpo;
4. Crises de pânico;
5. Desmaio;
6. Dificuldade para respirar;
7. Dor de cabeça;
8. Dor de estômago;
9. Dor no peito;
10. Falta de ar;
11. Medo;
12. Náuseas e vômitos;
13. Pensamentos catastróficos;
14. Perda de controle;
15. Sensação desagradável só de imaginar estar em lugares altos;
16. Sudação;
17. Tensão e agitação muscular;
18. Tontura;
19. Tremores; e
20. Vertigem.
Equilíbrio postural x emocional
Como se sabe, alguns estudos sugerem que também existe alterações no equilíbrio postural e que a acrofobia não tem apenas o fundo emocional envolvido na pessoa que sofre desta doença.
Além disso, quem tem medo de altura, evita algumas situações, que aja uma distância entre o chão e o lugar onde a pessoa está e o sentimento de pavor domina-a, fazendo com que ela deixe de realizar atividades básicas e simples, como: caminhar, viajar e visitar os amigos, por exemplo.
No entanto, as pessoas que sofrem de acrofobia podem se acostumar com lugares altos, perdendo o medo desses locais. Mas, poderão vivenciar o medo novamente diante de outro lugar alto, caso não se tratem.
Principalmente os que moram em andares altos de prédios e outros locais específicos (Montanhosos).
A autoestima dessas pessoas fica oscilante, abalada, trazendo-lhes infelicidade, insegurança e vulnerabilidade, pois o medo priva a pessoa de sentir desejo e liberdade de ser o senhor das suas escolhas, ferindo o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.
Tratamento para acrofobia
Nesse sentido, a melhor forma de tratar a acrofobia é através do tratamento psicoterapêutico, realizado com técnicas da terapia cognitivo-comportamental.
No entanto, o primeiro passo faz com que os pacientes entendam a fobia. Porque vivenciar uma situação que causa medo, faz com que o paciente tenha a reação adversa e dá a oportunidade para o terapeuta observar se existem outros gatilhos, além da altura.
Atualmente, os psicólogos estão usufruindo de óculos de realidade virtual, para que o processo psicoterapêutico seja mais eficaz. Assim como, a técnica de tratamento mais utilizada e eficaz é a exposição gradual à situação temida, onde a pessoa se expõe de forma progressiva ao estímulo que lhe provoca o medo irracional.
A exposição se estrutura com situações de menor impacto ao maior impacto, isto é, o paciente se expõe primeiro a situações que provocam menos medo, finalizando com a que provoca maior medo.
Sobretudo, essa exposição pode se reproduzir na imaginação ou “in vivo”, sendo mais efetiva, quando são expostos à situação temida vivencialmente, por causa da acrofobia.
Ao determinar se a exposição será, por meio da imaginação ou vivencial, logo depois elabora-se a lista de hierarquias de situações temidas, e a pessoa se expõe as situações propostas.
Graças ao processo e a tecnologia voltada à saúde para inspirar o cuidado dos pacientes, para que os pacientes consigam vivenciar uma suposta realidade, cada paciente consegue perceber uma nova saída.
É importante salientar, que quando o paciente for enfrentar uma situação temida, os seus níveis de ansiedade aumentarão significativamente, por isso, recomenda-se realizar exercícios de relaxamento, em todo o processo, para que o paciente possa estabilizar a sua ansiedade.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407