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A agorafobia é o medo ou a ansiedade que a pessoa sente de ficar em locais ou em situações que não consegue escapar facilmente, como multidões.
Também pode se manifestar quando a pessoa consegue ter a ajuda de alguém, fazendo com que uma ansiedade intensa seja desencadeada.
Em outras palavras, é o medo irracional de espaços aglomerados.
A agorafobia e a saúde
Em 1993, a OMS acrescentou ao Código Internacional de Doenças (CID-10), o F40.0.
Classificado como Agorafobia (Transtorno de pânico com agorafobia).
Grupo relativamente bem definido de fobias relativas ao medo de deixar seu domicílio, medo de lojas, de multidões e de locais públicos, ou medo de viajar sozinho em trem, ônibus ou avião.
A presença de um transtorno de pânico é frequente no curso dos episódios atuais ou anteriores de agorafobia.
Entre as características associadas, acham-se frequentemente sintomas depressivos ou obsessivos, assim como fobias sociais.
As condutas de evitar situações que causem a ansiedade comumente são proeminentes na sintomatologia da Agorafobia.
Então, certos agorafóbicos manifestam pouca ansiedade, já que chegam a evitar as situações geradoras de fobia.
Em muitos casos, a agorafobia está associada ao transtorno de pânico.
Sentir que não poderá ser ajudado ou sair de um local é o aspecto-chave deste transtorno.
Incapacitação
A agorafobia é o problema mais incapacitante de todos transtornos fóbicos, fazendo com que alguns pacientes fiquem completamente confinados dentro de suas casas.
Em outras palavras, as pessoas sentem medo de ficar em lugares abertos e públicos, ou de estar com várias pessoas.
Contudo, existem casos onde a pessoa evita ficar sozinha, mesmo se for em casa.
Dificilmente saem sozinhas, viajam, ou utilizam transportes públicos.
Geralmente, a pessoa que tem esta doença enfrenta melhor estas situações quando estão acompanhadas, mesmo se a companhia não for boa ou capaz de ajudá-la.
Às vezes preferem sair com uma criança ou animal de estimação, mas não saem só.
O mais importante é saber que a ausência do tratamento pode levar esse medo à sua cronificação.
Portanto, se a agorafobia for grave, pode fazer com que a pessoa fique fechada em casa por muito tempo.
Ou seja, a doença se agrava dia após dia.
Imprescindibilidade x Tratamento
Afinal, a necessidade de um tratamento eficaz é imprescindível para que a pessoa que sofre deste mal consiga ter uma vida social saudável.
Porque a agorafobia pode se tornar crônica, prejudicando sua qualidade de vida.
Por fim, é essencial que a pessoa se submeta a um tratamento e dê preferência que ele ocorra no início da doença, para reduzir as consequências físicas, mentais e sociais.
Dessa forma, é preciso procurar a psicoterapia com um especialista para que os sintomas sejam amenizados.
Além de possibilitar o encontro da causa da Agorafobia, tratando assim, o cerne do sofrimento.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407
¹SUS, Sistema Único de Saúde. Transtorno de Pânico: protocolo clínico. Santa Catarina, 2015. Disponível em: <https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9192-transtorno-de-panico/file#:~:text=A%20descri%C3%A7%C3%A3o%20do%20CID%2D10,em%20trem%2C%20%C3%B4nibus%20ou%20avi%C3%A3o.>. Acesso em: 15 out. 21