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Existem diversas formas de pensar a ansiedade, as mais recorrentes tem sido as classificações no CID e no DMS. Porém, para a psicanálise o transtorno aparece de uma forma muito subjetiva, levando a análise como influenciada por fatores internos e sociais do indivíduo.
Num estado de ansiedade o objeto de preocupação começa a se tornar indefinido, ou seja, não se sabe ao certo de qual medo estamos falando, mas sabemos que há algo ali, que está por vir. Nesse sentido, é possível pensar que a ansiedade está ligada à uma forte necessidade de controle, das possibilidades, da realidade, das fantasias etc.
Ela é uma experiencia emocional que nós vivenciamos quando acreditamos que estamos diante da possibilidade de entrar em contato com alguma coisa que para nós é perigosa. As pessoas com esse transtorno não conseguem conscientemente vislumbrar o que elas estão esperando que poderia causar medo.
A ansiedade, por tanto, é entendida como o medo do medo, podendo ter vários níveis. Desde a ansiedade por algo novo, a ansiedade por uma viagem arriscada, por um teste de direção por exemplo, são o que Freud chama por ansiedade realística; situações que são objetivamente arriscadas e que dão medo mesmo.
Porém para alguns de nós, esse estado de medo antecipado é paralisante não conseguindo vincular a um motivo específico. A ansiedade intensa e permanente impede a execução das atividades diárias exige um tratamento psicoterapêutico.
Mas doutora, como lidar?
A ansiedade generalizada ela tem muitas causas e raízes, adentrando em toda a vida do paciente.
Assim, é necessário um acompanhamento com um profissional para que seja considerado todo âmbito de sua vida. Porém, o cuidado dos ambientes que criamos dentro e fora de nós é essencial para lidar com o transtorno, para isso, fazer coisas para si é um grande começo!
Um grande abraço!!
Dra. Cristı̊na Almeida ❤️