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A princípio, segundo os dados do DSM 5 (Manual de diagnóstico e estatístico de Transtornos Mentais), os transtornos de aprendizagem acometem de 5 a 15% das crianças em idade escolar. Aliás os números são tão significativos que refletem a condição de ensino que é dada em nosso país.
Enfim, muitos pais procuram tratamento clínico para seus filhos que demonstram algum sinal de transtorno de aprendizagem. Mas será que todos eles saem com um diagnóstico correto?
Entretanto, nós vivemos em uma era em que certos comportamentos são taxados como doenças. Quase sempre é receitado comprimidos para resolver os problemas.
No entanto, é importante frisarmos aqui, que os transtornos de aprendizagem não devem ser confundidos com comportamentos comuns de uma criança em desenvolvimento.
O que são transtornos de aprendizagem?
Os transtornos de aprendizagem eventualmente tratam-se de um desenvolvimento atípico das estruturas cerebrais, influenciadas pela genética ou por fatores ambientais e sociais. Afinal, grande parte da população tem algum transtorno de aprendizagem e os desenvolve durante a infância.
Todavia, são caracterizados pela falta de atenção seletiva, hiperatividade e impulsividade.
Também são os grandes responsáveis, por exemplo, pela evasão escolar, dificuldade de retenção, memória e problemas sociais.
As pessoas com algum transtorno de aprendizagem sentem muita dificuldade em focar no que é ensinado, e por conseqüência, em reter a informação passada. Ou seja, pouco do que é ensinado é absorvido, causando uma série de sofrimentos em vários âmbitos da vida.
Como tratar?
Por certo, fique atento aos sinais dados durante a infância, pois geralmente ocorre no período de alfabetização onde os transtornos se tornam mais visíveis.
Contudo, é importante verificar se determinados comportamentos prejudicam a vida escolar e social da pessoa.
Só para exemplificar, caso haja alguma suspeita, a pessoa deve procurar um profissional psicopedagogo, porque, em contrapartida estes são os mais indicados para fazer uma avaliação precisa e coerente. Isto é, os transtornos de aprendizagem não tem cura. Mas é possível utilizar de algum tratamento cognitivo para aliviar os sintomas.
Portanto, a visita a um psicólogo ou psicopedagogo será de grande ajuda, já que ambos podem encaminhar a pessoa à outros especialistas, caso seja necessário. Em casos mais agravados, por exemplo, pode ser imprescindível a busca de um psiquiatra. Por certo, este poderá receitar alguma medicação que mantenha os sintomas mais amenizados.
A escolarização
De tal sorte que, as escolas brasileiras, geralmente, utilizam de um método de ensino e currículo padronizados e muitos profissionais da educação, no entanto, questionam essa padronização, pois ela pode trazer dificuldades para algumas pessoas que não se adaptam ao formato.
A princípio, sabemos que somos indivíduos donos de subjetividades e personalidades únicas e que não podemos esperar que uma fórmula funcione para todo mundo.
Por isso, antes de questionar se você ou seu filho possui algum transtorno de aprendizagem, repense sobre a instituição Escola, e nesse meio tempo, a forma como ela é constituída e para quem.
Às vezes o problema pode estar na sociedade em si. Em outras palavras, é vital entender que o problema pode ser muito maior do que pensamos.
Antes de mais nada, devemos repensar nas nossas escolas, de forma que elas não culpem o próprio aluno por suas dificuldades.
Em suma, a psicologia permanece disposta a ajudar qualquer pessoa que necessite de qualquer tipo de conhecimento.
Por fim, é preciso que a saúde mental das pessoas se fortaleça e as pessoas consigam lutar contra as adversidades.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407