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O termo “bullying” foi primariamente utilizado pelo professor de psicologia Dan Olweus.
Nos Estados unidos e na Inglaterra, alunos que usam de força física e verbal com outros são chamados de “bullies”.
O bullying é um comportamento que é reproduzido de forma agressiva e constante. São constâncias que denigrem a imagem do afetado e o ferem de maneira, física, psicológica e emocional.
Principalmente, é uma prática que acontece no ambiente escolar e pode ocorrer por diversos fatores, de maneira geral é importante analisar o bullying em todas as suas especificidades
para que possamos neutraliza-lo da melhor maneira possível, mas para que consigamos entender como o bullying surge, precisamos descobrir quem pode praticá-lo. Quem são os causadores?
Qual comportamento caracteriza essa prática e também qual comportamento adotar sobre a prática, são questionamentos recorrentes, mas como o comportamento não é algo padrão, abordaremos essa pauta separadamente.
Causadores
Os causadores do bullying, normalmente depositam suas frustrações nos alvos, demonstrando por muitas vezes comportamentos violentos, agressivos e insultantes.
Os causadores apresentam falta de foco nos ambientes de ensino, não respondem bem as autoridades nos ambientes escolares e demonstram comportamento desafiador com as mesmas.
As vítimas, normalmente são escolhidas pelos causadores do bullying por apresentarem aspectos vulneráveis para os causadores dessas ações.
Vítima
Antecipadamente, a vítima do bullying não tem qualquer responsabilidade ou culpa sobre os acontecimentos, são escolhidas como vítima pelos agressores pelo simples fato de parecerem vulneráveis aos olhos deles.
Essas vulnerabilidades podem dar-se desde o tamanho da vítima comparada aos causadores, ou o quanto a vítima é deslocada dos demais colegas de turma e etc…
Em sua grande maioria, os ataques físicos acontecem quando não há ninguém por perto para defender a vítima, as agressões verbais e psicológicas sempre podem acontecer a qualquer hora,
mas se alguém está próximo a vítima, essas falas são disfarçadas pelo ar de “brincadeira” imposto pelo agressor.
Para que a situação seja vista como “normal” para os responsáveis dentro das instituições, ou seja, o agressor sempre tenta mascarar as agressões verbais como piadas ou brincadeiras.
Raramente a vítima tem força para responder o bullying, então acaba não se manifestando quando se torna alvo desses ataques o que é uma resposta normal já que envolve o sentimento de medo,
por essa razão é necessário prestar atenção no comportamento das crianças em sala e quando perceber algo estranho, questiona-la sobre o que vem acontecendo de maneira discreta e longe dos outros colegas de turma.
Contudo, as práticas ofensivas não param só nos limites das dependências das instituições de ensino, a internet demonstra ataques conhecidos como cyberbullying.
Cyberbullying
Semelhantemente, podemos abordar o cyberbullying, que é um tipo de comportamento ofensivo e que denigre que acontece através da internet.
O cyberbullying, acontece também com frequência e de forma agressiva, ele se prende as ofensas psicológicas e emocionais, mas essas tomam proporções inimagináveis.
Por muitas vezes não sabemos identificar os causadores, pois na internet as pessoas podem ser quem quiser, pode-se mudar a foto do perfil, mudar o nome, sexo e cria-se uma outra figura humana que só existe naquele lugar.
Hoje em dia, ainda é um pouco mais fácil de se descobrir quem usa desse cyberbullying para agredir, mas ainda é um processo difícil e tarda para que isso aconteça.
Por conta dessa impunidade, as agressões acabam sendo mais intensas e sem filtros, as pessoas perdem o medo da crueldade e fazem da maneira como bem entendem.
O cyberbullying se expande além dos muros das instituições de ensino e além de serem intensas e ininterruptas, as agressões podem ser legitimadas por outros agressores que concordam com elas e não estão ligadas as práticas de bullying de uma determinada situação, mas a internet permite que eles façam parte momentaneamente daquela violência.
Psicoterapia
A psicoterapia oferece tratamento para ambos os lados, tanto para os causadores quanto para as vítimas.
O agressor que possuí esse tipo de comportamento por alguma razão externa ao ambiente escolar, talvez ao chegar em casa ele não tenha a devida atenção, seja maltratado e até mesmo agredido por outro alguém.
O papel da psicoterapia nos casos de bullying é entender os dois lados, conversar com os pais da vítima e do agressor e entender a situação de forma completa, assim conseguindo abordar o caso da melhor maneira possível.
A psicoterapia deve oferecer auxílio a vítima como prioridade, tentando trazer conforto novamente a ela e reconstruir a segurança e autoestima aos poucos para que a vida cotidiana não torne a ser um problema.
Já para o agressor, depois de descobrir o que acontece em seus entornos é necessário entender o que se passa em sua cabeça e como estão seus sentimentos para que seja possível, por fim, tentar auxiliá-lo o de algum modo dentro das sessões de psicoterapia. No caso do cyberbullying o apoio tem que ser direcionado a vítima.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407