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O sentimento de culpa, com certeza, faz parte da nossa vivência como seres humanos.
Desde a tenra infância, quando as normas sociais ainda estão sendo impostas a nós, tomamos uma leve consciência do que é certo ou errado.
Um mal comportamento, ou uma frase mal dita podem nos trazer questões internas como “Mas por que eu falei aquilo?”.
Ou “Mas por quê brigaram comigo por isso?”
Essas questões podem perdurar em nossa mente por algum tempo, até compreendermos a essência do que nos fez agir ou falar daquela forma.
De um certo modo, pode até ter um lado benéfico, pois é assim que nos conhecemos e nos desconstruirmos a fim de um aprimoramento pessoal.
A culpa também pode vir carregada de sentimentos negativos e autodestrutivos.
Da mesma forma, pode surgir de um arrependimento ou de uma sensação de que fomos responsáveis por um acontecimento de teor negativo.
O arrependimento possui um poder de transformação interno, nos levando a repensar certas atitudes.
Porém, a sensação de responsabilidade é a que carrega uma maior quantidade de emoções negativas.
Estas emoções paralisam a pessoa, a ponto de se sentirem merecedoras de sentimentos ou de uma realidade trágica e negativa.
Exemplos de culpa e responsabilidade:
a) Salvar-se de um acidente e sentir-se não merecedor da vida, já que outras pessoas tiveram um fim trágico;
b) Ser vítima de alguma situação violenta e sentir que fez ou disse alguma coisa para atrair o ocorrido para si;
c) Receber uma promoção no trabalho, enquanto seus colegas continuam com o mesmo cargo. A culpa aparece quando o indivíduo se sente inferior aos demais.
Culpa x Patologias
Se persistir, a culpa pode acarretar em diversas patologias emocionais, como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo etc.
Além de características psicossomáticas, que geralmente provocam comorbidades¹ às pessoas.
Na tentativa de se sentir melhor com a culpa, a pessoa pode desenvolver hábitos impulsivos e auto destrutivos.
Como se não se sentisse merecedora da vida, do cargo ou das pessoas que a cercam, a vítima da culpa tende a se isolar de forma a martirizar-se enquanto as emoções negativas ainda estiverem lá.
Para tratar a culpa, é preciso que a pessoa se sujeite a uma série de auto reflexões, a fim de conhecer a si própria.
Importância do autoconhecimento
Somente o autoconhecimento é capaz de dissipar pensamentos ilógicos e irreais acerca de lembranças que desencadeiam a mesma.
Externalizar de alguma forma a culpa sentida também pode ser um método interessante, desde que bem acompanhado por um profissional de psicologia.
Muitas pessoas escrevem cartas fictícias, sem intenção de envio, às pessoas as quais se sentem culpadas por terem “roubado” algo.
É muito importante que você que carrega o sentimento de culpa procure ajuda de um psicoterapeuta para poder lidar com os seus sentimentos negativos de forma saudável.
Pois, um profissional especializado poderá caminhar junto com você, enquanto a estrada segue árdua, e pode te ensinar a enxergar além do que seus olhos conseguem ver.
Sendo assim, venha fazer psicoterapia.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407
