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“É só não mexer que ela não pica ninguém… é só uma aranhazinha.”.
“Como assim medo de inseto? Eles não fazem nada demais…”
São frases que todos já ouvimos ou falamos – e todas elas estão incrivelmente erradas.
Sim, uma aranha não pica quem não mexe com ela, mas alguém com aracnofobia também entende isso. É sua fobia que a faz ter medo.
Realmente, uma barata é no máximo nojenta; ela não faz nada, e só anda de um lado para o outro de um jeito estranho. Porém, é a fobia que faz a pessoa ter medo disso.
A fobia faz a pessoa querer distância.
Não por algo racional, como o “medo de ser picado pela aranha” – mas, sim um sentimento irracional, motivado por algum trauma no passado.
Com isso, surge a resposta: mas eu não tenho trauma algum com isso, e mesmo assim tenho uma fobia…
É possível ter uma fobia sem um trauma também.
E também é possível que você simplesmente tenha esquecido do trauma, pois era muito novo.
Vou explicar mais sobre isso neste artigo.
O que é uma fobia?
A fobia é o medo exagerado de algo ou alguma situação.
Uma pessoa com acrofobia (medo de altura), por exemplo, teria mais que “um medo de cair”, mas sim um pavor irracional de ficar perto de lugares altos.
E não apenas ao ficar perto, mas também da imaginação de algo relacionado – como andar de avião.
É, basicamente, uma ansiedade tremenda relacionada a algo que você tem fobia.
A fobia pode surgia de algumas formas.
Primeiro, e o mais comum: por conta de um trauma no passado.
Se uma criança vê uma aranha, e sente um medo extremo no momento, isso pode acabar por se tornar um trauma no futuro dessa criança.
Ela não necessariamente se lembrará, mas o trauma continuará em seu subconsciente – desenvolvendo uma aracnofobia.
Também, uma pessoa pode “aprender a ter medo”.
Por exemplo, se uma criança que sempre andava nos lugares altos descobre em algum momento o risco que isso tinha, e uma pessoa reforça isso na cabeça dela para prevenir uma queda – a criança pode acabar desenvolvendo um medo em relação à altura. Um medo irracional sobre a altura, mesmo quando ela já estava acostumada antes.
De qualquer maneira, percebe-se que os dois estão relacionados a algum momento angustioso de sua vida – e que você desenvolveu a fobia por conta deste momento.
Mas, se o trauma ocorreu no passado…
Como trata-lo agora?
Isso é muito mais simples do que parece, mas – infelizmente – não é 100% eficaz para todos…
Como tratar a sua fobia
A cura para fobia está ligada à sua causa.
O diagnóstico de uma fobia é feito descobrindo o que ocasionou o problema desde o começo.
E, junto disso, analisando o quanto isso afeta a vida de uma pessoa.
Por exemplo, se uma pessoa sofre de agorafobia (medo de multidões e lugares abertos) ela pode nunca querer sair de casa – e sofrer terrivelmente com isso.
O tratamento mais eficaz é um tipo de psicoterapia chamado de “terapia da exposição”.
Nele, o paciente trabalha junto com o psicólogo ao se submeter ao que teme – com fim de se dessensibilizar para com o objeto da fobia.
Esse tratamento te ajuda a mudar suas pré concepções sobre o que lhe causa fobia, ajudando-o a aprender a controlar as suas emoções.
Apesar de você ser “exposto” ao que teme, não é tão ruim quanto parece.
O Psicólogo ou Psiquiatra entende muito bem como guia-lo durante o tratamento, para que sua fobia nunca surja de maneira exorbitante – mantendo o tratamento sempre único e progressivo.
Por exemplo, um pavor de aranhas não seria tratado com aranhas no seu braço, mas sim em níveis como: pensar sobre aranhas, e só depois ver fotos ou vídeos delas.
Após isso, pode vir a aparecer algo como ir a algum lugar que possa ter aranhas.
Todo o tratamento é progressivo e focado no paciente – e não indiferente a você.
Também, pela Fobia ser uma das vertentes da ansiedade, um Psiquiatra pode sugerir tratamento com medicamentos para a ansiedade.
De qualquer maneira, se você sofre muito por conta da sua fobia e gostaria de mudar, o mais recomendado é que entre em contato com um Psicólogo ou Psiquiatra e inicie logo seu tratamento.
Ele pode te ajudar muito.
Muito mais do que imagina.
