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O medo faz parte da nossa vivência, é um sentimento primitivo que serve como uma forma de proteção, já que, antigamente, os seres humanos conviviam com outras espécies de animais, inclusive predadores.
O medo fazia com que o ser humano soubesse o momento de fugir ou se esconder para poupar sua vida, e essa sensação persiste até os dias de hoje.
Podemos sentir medo quando encaramos uma montanha-russa, o mar aberto, o escuro, ou até mesmo situações rotineiras, como dirigir, falar com pessoas, visitar um lugar novo, pensar no futuro ou no amanhã.
Novas experiências nunca vividas antes causam, sim, um certo medo.
É natural e faz parte dos seres humanos, pois não saber o que vem pela frente pode gerar uma certa angústia.
Estamos sempre pensando em nossa sobrevivência em um modo geral, e muitas pessoas decidem viver carregando a ideia de certeza muito bem embalada e presa às suas costas.
As incertezas da vida estão nos rodeando o tempo todo.
Não sabemos, por exemplo, para que direção o vento vai soprar, ou se nosso telefone irá tocar.
Viver dessas pequenas surpresas é o que faz nossa mente se adaptar ao meio em que estamos, e assim, nos ajudar a vivenciar o mundo da melhor maneira.
Quando o medo vira fobia
Sabemos que alguns medos nos passam por maneiras muito mais sensíveis que outros.
É quando, na psicologia, os chamamos de fobias: o medo exagerado e irracional, aversão ou falta de tolerância de alguma coisa. Acredite, pode ser de qualquer coisa.
Muitas pessoas se queixam, por exemplo, do medo de sair de suas casas.
O lar, como o concebemos, serve como uma estrutura que traz muita segurança, e cremos que nada de ruim pode acontecer enquanto estamos lá.
No entanto, manter-se trancado longe das pessoas e suas reações não é uma atitude saudável, principalmente se nos encontramos em fase de desenvolvimento.
Nossa mente precisa de estímulos externos para trabalhar em equilíbrio.
Se o medo te paralisa e não te deixa sair, é preciso pedir ajuda.
Nós diferenciamos um medo saudável de um medo paralisante quando este nos impede de realizar ações que sempre fizemos, ou quando começa a afetar outros aspectos da nossa vida social, profissional, familiar, etc.
É neste momento que percebemos que o medo nos paralisou.
E, sim, ele pode nos trancar dentro de nós mesmos, nos impedindo de viver a vida como costumávamos fazer, trazendo insegurança e baixa autoestima.
Existem algumas estratégias para lidar com o medo paralisante, que vai de cada pessoa.
Algumas se sentem melhores após meditar, praticar atividades físicas, distrair a mente com um livro ou filme, escutar música…
As opções são grandes, mas é preciso ter um autoconhecimento apurado para saber o que funciona melhor para você.
Quando precisamos de uma ajuda extra
Para se autoconhecer, você pode sentir a necessidade de pedir a ajuda de um psicólogo, que é o profissional mais indicado nessa situação.
Mas saiba que é impossível para um ser humano estar livre de todos os seus medos.
Alguns são mais proeminentes que outros, e o importante é que você se sinta seguro para lidar com eles de uma forma saudável.
Um psicólogo o ajudará a aumentar a confiança e melhorar a capacidade de interagir com o mundo, por isso faça psicoterapia para se autoconhecer e melhorar os seus recursos internos.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407