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Mitomania ou Pseudolalia significa vício em mentir.
O psiquiatra Deyvis Rocha afirma que a “mitomania, também é conhecida como mentira patológica e pseudologia fantástica, é a tendência duradoura e incontrolável para a mentira”.
A pessoa que mente compulsivamente, seja com pequenas mentiras “inofensivas” ou histórias mirabolantes extremamente detalhadas são pessoas mitomaníacas.
A pessoa que tem esta doença apresenta desequilibro psicológico, sem associação a outras doenças. Por exemplo, a demência, e geralmente possui comportamento compulsivo de mentir.
O motivo que leva uma pessoa a virar um mentiroso patológico, ainda não foi descoberto pela ciência. Mas, sabe-se que mentir frequentemente está relacionado a alguns transtornos de personalidade. Por exemplo: o Antissocial e o Borderline.
Mentirosos compulsivos
Alguns mentirosos compulsivos, tem plena consciência de que suas falas são mentirosas. Mas, mentem simplesmente pelo prazer de mentir.
E, outros mitomaníacos mentem e acreditam que as suas mentiras são fatos reais, VERDADES. Pois o mentir faz parte do seu dia a dia, fazendo com que ele se sinta como se fosse a pessoa mais íntegra e confiável do universo, quando na verdade é o profissional da mentira, por ser o legítimo mentiroso.
Uma das coisas que as crianças aprendem é que “mentir é feio”. Mas, as coisas não são como devem ser. As respostas que os pais dão aos seus filhos em relação às mentiras contadas por eles geralmente servem de reforço, e muitas vezes esses reforços são positivos, pois os pais dão desculpas esfarrapadas para justificar as ações da criança, fazendo com que a criança tenha cada vez mais tendência a repetir o comportamento da mentira.
Quando ocorre a pseudolalia
A mitomania ocorre, porque a criança insegura que não foi muito bem aceita ou bem tratada pelos seus pais, familiares ou responsáveis, sofrem. Por isso, mentem para compensar as suas frustrações, e quando são adultas continuam mentindo, porque continuam precisando de aprovação. Por causa disso, a criança cria um personagem e atua em cima desse personagem, como se fosse agradar os seus pais, como se desta forma atendesse às suas expectativas e as deles, mesmo que isso signifique mentir consecutivamente.
Quando a criança se torna adulta o seu mundo social se expande e o comportamento de mentir continua. Porque este comportamento continua sendo reforçado pelos seus pais, parentes, amigos e outras pessoas.
E, o mentir passa a ser natural na vida do mitomaníaco. Os novos amigos não duvidam das histórias do mentiroso, e as pessoas com quem convive também não duvidam das suas mentiras, caso as suas mentiras continuem correspondendo às expectativas das pessoas com quem ele convive ou se relaciona.
Ações do mitomaníaco
A pessoa que tem esta doença, para viver bem exteriormente e não ser julgado pelas suas ações, atitudes e vontades, continua mentindo. Acredita que o seu comportamento é ideal, para viver bem.
Utilizam a sua imaginação o máximo possível. Porém, em alguns momentos e por receber alguns toques de pessoas que o reconhecem, dizem a ele que a vida não é assim. Contudo, o mitomaníaco maquia com falsidade e mentiras o seu dia a dia e permanece se enganando e enganando os outros, através de suas mentiras, porque não acredita ser capaz de mudar a sua vida.
Os relacionamentos, demostram a ilusão, a fantasia ou o personagem que a pessoa com pseudolalia performa, apenas para ser aceito ou para agradar os outros.
Analisando os fatos, podemos pensar que a mitomania é um transtorno mental, junto de um comportamento aprendido. Sendo classificada como um mecanismo de enfrentamento (coping) mal adaptativo — que significa uma maneira não saudável de lidar com os problemas.
Na prática, a mitomania mostra que a pessoa tende a contar as mentiras e acreditar nelas porque em contrapartida, a sua realidade é muito dolorosa e sofrida.
Desta forma, podemos afirmar que todos nós buscamos maneiras de nos defender dos nossos traumas e problemas existentes em nossa vida, por isso usamos de artimanhas para nos proteger.
Tratamento
Quanto mais cedo a mitomania for descoberta, melhor será o tratamento, porque a idade influência o tratamento e aumenta o vício, devido a intensificação por causa do tempo, que/como já mentem compulsivamente há muito tempo, e isto faz parte do seu hábito diário.
Caso você seja responsável por alguma criança ou adolescente e acredita que ele(a) sofre de mitomania. Saiba que é importante que você procure um profissional especializado rapidamente, para evitar que o hábito dele fique recorrente.
Considerando que caso exista outros transtornos associados, o tratamento pode ser mais moroso. Em geral, muitas pessoas acreditam que não tem nenhum problema e não necessitam de tratamento, porque não tem o vício de mentir.
Frequentemente, as pessoas procuram tratamento depois de anos de prática na mentira, simplesmente, porque suas relações sociais ficaram muito complicadas e as mesmas não viram outra alternativa, além de ir em busca de ajuda, tratamento.
O mitomaníaco muitas vezes mente para o seu terapeuta. E, as mentiras são patológicas e acontecem sem nenhuma motivação externa.
Diante disso, é importante que o paciente se proponha a fazer o tratamento mediante a verdade entre ele e o sua terapeuta.
Ao procurar um especialista, faça o seu tratamento, baseando-se na verdade.
Desta forma, o seu tratamento será realizado com eficácia.
Perante o exposto, seria viável tratar com um psicoterapeuta cognitivo-comportamental, para que os hábitos possam ser mudados.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407
