POPULAÇÃO LGBTQIAPN+

POPULAÇÃO LGBTQIAPN+

A revolução sexual chegou em meados dos anos 60 para derrubar muros que a sociedade conservadora vinha impondo perante os cidadãos que sempre fugiram da normativa da época, como a população LGBTQIAPN+.

Mas hoje, sessenta anos depois, a sociedade evoluiu de forma crescente, abordando questões de gênero e sexualidade publicamente.

Leis de proteção e inclusão da população LGBTQIAPN+ foram criadas, além de coletivos e ONGs, valorizando a singularidade dos mesmos dentro dos espaços públicos e privados.

No entanto, apesar de tamanhas conquistas, o público LGBTQIAPN+ ainda sofre com o preconceito de uma sociedade programada para temer o diferente.

Como se guiadas por uma doutrina não-escrita.

Em outras palavras, a aceitação deste público, muitas vezes, caminha sem o respeito.

É fácil aceitar a existência do diferente, mas tratar com respeito sua condição inserida em uma mesma sociedade, é outra história.

LGBTQIAPN+ são siglas que abrangem pessoas que são Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros/Travestis, Queer/Questionando, Intersexuais, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, Não-binárias e mais.

Lésbicas e pessoas gays, por exemplo, são pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero ou por pessoas que consideram seus gêneros parecidos.³

Artigo 5º da Constituição Federal de 1988

Segundo o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Acima de tudo, devemos nos perguntar o motivo de tanto desrespeito e preconceito existente entre nós.

A população LGBTQIAPN+ tem seus direitos humanos básicos agredidos devido à não adequação de gênero com o sexo biológico ou à identidade sexual não heteronormativa, e, como resultado, se encontra em situação de vulnerabilidade.

Em vista dessa realidade, o Ministério da Saúde declara que a identidade sexual e a identidade de gênero são constituintes de um processo complexo de discriminação e de exclusão, do qual derivam os fatores de vulnerabilidade, tais como “a violação do direito à saúde, à dignidade, à não discriminação, à autonomia e ao livre desenvolvimento” (Brasil, 2008b, p. 571).¹

A sexualidade deve ser livre de preconceitos

Definitivamente, a sexualidade de uma pessoa não é uma escolha, e muito menos uma patologia.

Ela pode se manifestar de acordo com os contextos em que está inserida, como a subjetividade do sujeito, questões familiares, socioculturais, etc.

Nós, psicólogos, temos o dever ético de produzir conhecimento sobre as minorias, tanto cientificamente, como socialmente.

De forma a trazer maior alcance para as questões de gênero, raça, sexualidade, classe social e mais, a fim de transformar o poder negativo do julgamento alheio, ainda presente em nosso cotidiano, em um ato de afeto para com o outro.

Lidamos com o sujeito em sua forma mais crua, deixando de lado qualquer rótulo imposto a ele.

Um indivíduo à margem da sociedade pode carregar consigo uma bagagem negativa muito grande diante da vida.

Os problemas monetários, educacionais, sociais, sexuais e emocionais, por exemplo, somam e derrubam uma mente fragilizada pelo preconceito existente em uma comunidade, que precisa de uma rede de apoio concreta para se reerguer, autoaceitar e autorespeitar.

Diante de tantos empecilhos, é compreensível que o sujeito priorize a resolução de problemas que ameacem sua condição física, deixando de lado as questões emocionais.

No entanto, em algum momento é preciso parar e se analisar, se autoconhecer e, se necessário, pedir ajuda.

A psicologia para com o público LGBTQIAPN+

Certamente, a comunidade da Psicologia está ao dispor de toda e qualquer pessoa em busca de auxílio emocional.

O psicólogo tem a função de guiar pelos caminhos tortuosos da vida, ajudando o paciente a lidar com os seus problemas com estabilidade e segurança, adquirindo maior conhecimento sobre si mesmo, por exemplo.

Mas sabemos que alguns aspectos da vida podem ser pesados demais para carregar por conta própria.

Por isso, estamos prontos para segurar na sua mão e caminhar juntos, criando um vínculo livre de julgamentos, doutrinas, estigmas ou cobranças.

Ajudamos as pessoas a se encontrarem, não a se enquadrarem.

Porque o indivíduo, como um todo, é singular e merece se autoconhecer e se valorizar, equilibrando a sua autoestima e o seu emocional.

Por isso, venha fazer psicoterapia, pois através dela você irá se conhecer ainda mais e se equilibrar emocionalmente.

Cristı̊na Almeida

CRP: 06/49407

¹ Brasil. Ministério da Saúde. (2008b). Painel de Indicadores do SUS nº5 – Prevenção de Violências e Cultura de Paz. Brasília, DF: Autor.

² IMAGEM. EU PONTO COM TRANSFORME SUA REALIDADE. LGBTQIAPN+. Data: 17 jun. 2021. Disponível em:     < https://eupontocom.com.br/comportamento/lgbtqiapn/>. Acesso em: 12 set. 2021.

³ ORIENTANDO UM ESPAÇO DE APRENDIZAGEM. LGBTQIAPN+. Disponível em: <https://orientando.org/o-que-significa-lgbtqiap/>. Acesso em: 12 set. 2021.

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Dra. Cristı̊na Almeida

CRP: 06/49407

Há mais de 30 anos atuo ativamente como psicóloga na área clínica, sou psicanalista, especialista em transtornos alimentares, coach e credenciada: