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O Brasil é caracterizado por sua diversidade de pessoas e religiões, que se espalham por todo o território em busca de acolhimento.
Com toda essa heterogeneidade também nos deparamos com uma variedade imensa de tradições, culturas e crenças.
Quando falamos de religião no Brasil, devemos considerar que, de acordo com um levantamento de 2019, 50% dos brasileiros se consideram católicos, 31% são evangélicos e 10% não tem religião.
Para fechar a conta, porém, ainda nos deparamos com 9% da população total que possuem suas crenças voltadas a religiões não cristãs, como o candomblé, judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo e mais.
Embora grande parcela da população siga doutrinas cristãs, não podemos ignorar as minorias que aqui habitam e merecem respeito e atenção igualizadas.
O preconceito contra religiões politeístas ainda é grande, principalmente as que possuem origem africana.
A expressão “chuta que é macumba”, por exemplo, conduz a uma interiorização do candomblé ou da umbanda.
Macumba, inclusive, trata-se de um instrumento musical feito com a madeira de uma árvore africana de mesmo nome, porém tornou-se um termo pejorativo para se referir às oferendas das religiões citadas.
País laico?
O Brasil é um país laico, ou seja, não segue as diretrizes ou dogmas de nenhuma religião em específico, tendo assim uma posição neutra diante do assunto, segundo a Constituição.
Contudo, as religiões de matriz africanas parecem ser as mais atacadas pelo preconceito religioso.
Incêndios criminosos acontecem de forma quase que rotineira em terreiros de Umbanda, noticiados pela mídia.
No passado, também tivemos um grande exemplo do temor contra uma religião não-cristã durante a Segunda Guerra Mundial, onde holocaustos foram criados especialmente para acomodar judeus como a escória da sociedade.
O Nazismo levou à morte centenas de milhares de judeus na época, e hoje ainda podemos presenciar os resquícios de um discurso anti-semita em pessoas por todo o mundo.
O preconceito nada mais é que uma forma de temor, uma fobia, que causa aversão a determinado assunto.
Por isso, podemos criar um paralelo a falta de informação e ignorância com os ataques enviados às religiões não-cristãs.
Muitos acreditam que uma religião, por não acreditar em Jesus Cristo, cultue seu oposto, o mal.
Mas não compreendem que as religiões se formam das mais diferentes maneiras como um modo de enxergar a vida.
O ser humano teme o desconhecido desde que o mundo é mundo, e o faz como uma forma de proteção.
Mas em uma sociedade evoluída e globalizada, onde a informação consegue chegar aos lugares mais remotos, alimentar o desrespeito parece impensável nos dias de hoje.
A dor
A marginalização é frequente para pessoas que seguem outras religiões que não as cristãs.
Além das mazelas da vida comum, ainda precisam lidar com mais uma dor que lhe é causada, apenas por acreditarem em algo diferente que a maioria.
Estas condições nos fazem sentir cada vez mais as nossas fraquezas.
Muitas vezes, nos fazendo fugir dos nossos sentimentos.
Em síntese, sempre nos comparamos com os outros, porque os outros são os nossos parâmetros.
Mas é preciso se autoconhecer para ganhar forças.
As religiões dentro de uma pequena parcela
A autoestima dessas pessoas é afetada a partir do momento em que tem suas crenças questionadas e marginalizadas pelo restante da população.
Quando não nos sentimos respeitados, nos inferiorizamos.
Mas, no fundo da nossa ignorância e perdição, queremos que em um passe de mágica tudo se resolva, para sermos felizes.
Contudo, as respostas que buscamos estão dentro de nós.
Ou seja, estão a um palmo da nossa frente e com os nossos olhos, nem sempre conseguimos enxergá-las.
Porque pedimos demais e não nos damos conta de que tudo já está dentro de nós.
Por isso o autoconhecimento se vê tão importante para uma saúde mental em dia.
A comunidade de psicologia acolhe pessoas de todos os credos, sem julgamentos ou diretrizes a serem seguidas.
Afinal de contas, procure um psicoterapeuta capacitado que possa te ajudar a carregar esta pedra, que não deveria existir, mas pode pesar muito em suas costas.
Lembre-se que você poderá ajudado.
Cristı̊na Almeida
CRP: 06/49407
