Gostar de estar sozinho: Medo ou necessidade?

Você é daqueles que ama ficar sozinho, tomar um banho demorado e relaxante, cuidar da pele e do corpo, tomar um vinho, refrigerante ou um suco enquanto faz a pipoca para assistir um filme na sua própria companhia? Se você é dessas pessoas, parabéns, você aprendeu a se amar e se priorizar como deve.  

Existem pessoas que sentem a necessidade de passar um tempo sozinhas, até para espairecer a mente, ou então, organizar os pensamentos, essas pessoas são do tipo que até gostam de estar rodeadas de amigos ou parentes, rindo, conversando, mas, em contrapartida, precisam que o espaço delas seja respeitado e levado em consideração, pois estão cansadas de ouvir a mesma ladainha de sempre “nossa como você é chata(o), antissocial”, “eu sou tão chata assim para não me querer por perto”, são essas e outras frases que fazem a pessoa se sentir muito culpada, por simplesmente gostar do próprio espaço e de aproveitar um momento sozinha.  

Já aqueles que ficam sozinhos por medo, é diferente. Essas pessoas, certamente já foram tão machucadas que criaram uma parede interna, blindada e escolheram ficar sozinhos para não serem feridas de novo, porque provavelmente, atrás da armadura que existe no olhar frio, nas palavras secas e no sorriso fechado, existem muitos machucados abertos e não cicatrizados e para não sofrerem mais do que já sofreram, preferem ficar sozinhas, se “protegendo” e até afastando pessoas que poderiam até fazê-las felizes de alguma forma. E o medo é tão grande, que essas pessoas acabam sendo rudes, frias e às vezes insensíveis com as outras, por pura “proteção”, interna e externa contra qualquer “mal” que possa chegar.  

Aprendam a respeitar para serem respeitadas, pessoal. O trauma alheio não é motivo de piada e divertimento, isso é sério e essas pessoas precisam ser ajudadas. Caso conheçam alguém assim, ofereçam ajuda, mas respeitem o espaço delas.

Dra. Cristı̊na Almeida. 

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Dra. Cristı̊na Almeida

CRP: 06/49407

Há mais de 30 anos atuo ativamente como psicóloga na área clínica, sou psicanalista, especialista em transtornos alimentares, coach e credenciada: