MUDAR E SE TRANSFORMAR

transformar

Afinal, nos transformar completamente é saudável?

Sempre ouvimos a máxima de que fulano deu um giro de 180 graus e mudou completamente de vida, foi da água pro vinho, virou a chavinha…

Normalmente estas conotações são positivas, para se referir a alguém que estava em uma situação ruim, porém conseguiu virar o jogo, e hoje é uma referência nas conversas sobre decisões de vida.

Acontece que pode existir uma infinidade de possibilidades para que o fulano em questão decidisse transformar sua vida. Vamos analisar duas:

a) Ele poderia ser uma pessoa com todas as probabilidades de seguir uma vida confortável e bem sucedida, mas algumas decisões ruins o fizeram passar por um caminho mais tortuoso;

b) Ele, na verdade, gostava muito da vida que levava antes, mas por pressão da família e conhecidos, decidiu mudar;

Em cada situação, há um contexto e uma definição de “saudável”.

Ou seja, o que você considera bom, o outro pode enxergar com um olhar mais negativo.

As pessoas são diferentes umas das outras e suas vivências influenciam muito o modo como suas vidas podem evoluir.

Quem se transforma pelos outros

O fulano que gostava muito de sua vida considerada “errada” e se transformou, provavelmente sente que poderia ter sido mais feliz no passado.

Para isso, estamos desconsiderando questões de amadurecimento.

Hoje ele pode se encontrar pressionado em um lugar ao qual ele não sente que pertence, o que gera muito sofrimento.

A subjetividade de cada um deve ser considerada acima das normas invisíveis da sociedade.

Mudar e se transformar pelos outros é apenas uma forma de se isolar de si mesmo.

A transformação para si mesmo

Já o fulano que tomou decisões ruins e hoje se encontra em um lugar melhor, se vê mais feliz hoje do que no passado, e sua mudança parece saudável para ele mesmo.

A transformação saudável precisa vir de dentro, das próprias realizações e percepções da pessoa, de modo que ela sinta que sua autoestima está sendo fortificada no processo.

Enquanto crescemos e amadurecemos, vamos nos autoconhecendo cada vez mais.

Como resultado, algumas características se tornam velhas amigas nossas.

Por isso, abandonar o que mais amamos em nós é um ato de automutilação.

Por outro lado, se transformar para si é libertador, é um ato de autocuidado imenso que somente você pode proporcionar.

Abandonar velhos hábitos, pessoas tóxicas, lugares hostis e trabalhos adoecedores pode ser muito benéfico para a pessoa que sofre com isso.

Muitas vezes mantemos nossa guarda com medo do que o desconhecido pode nos trazer, mesmo sabendo que o que já conhecemos está nos machucando.

Pode valer muito mais a pena deixar o novo nos mostrar para que veio do que continuarmos em uma situação de flagelo com a vida que estamos vivendo.

A mudança é misteriosa e temida, por isso deve ser feita com cautela e sempre em busca do melhor para nós mesmos.

Mas, se as mudanças que você busca parecem grandes demais para serem tomadas, procure a ajuda da psicoterapia.

Um psicólogo poderá te ajudar a medir suas decisões e transforma seu modo de enxergar o mundo, a fim de facilitar a sua nova jornada.

Sempre peça a ajuda de alguém quando sentir necessário, não há vergonha alguma em nos mostrarmos como somos: humanos.

Cristı̊na Almeida

CRP: 06/49407

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Dra. Cristı̊na Almeida

CRP: 06/49407

Há mais de 30 anos atuo ativamente como psicóloga na área clínica, sou psicanalista, especialista em transtornos alimentares, coach e credenciada: